Diogo Mainardi fala nesta semana no seu podcast sobres estes dois assuntos anunciados no título acima.
Claro, você pode conferir tudo isto aqui.
sábado, abril 14, 2007
sexta-feira, abril 13, 2007
Sugestão Francesa
Aos franceses que vierem ao Brasil, a diplomacia francesa sugere que leve consigo uma nota de R$50,00 para dar ao ladrão. A notícia pode ser lida aqui.
A que ponto chegamos. Mas acredito que ainda estamos longe do fundo. Lembre-se do velho ditado: "nada é tão ruim que não possa ficar pior". Alegre-se ainda com este momento.
A que ponto chegamos. Mas acredito que ainda estamos longe do fundo. Lembre-se do velho ditado: "nada é tão ruim que não possa ficar pior". Alegre-se ainda com este momento.
Falta de Ambição?
A notícia é esta. Sob o olhar dos estrangeiros falta ambição aos investidores brasileiros. Colocarei alguns pontos para ver se realmente é falta de ambição ou há, por parte do governo, incentivos para que o empresariado brasileiro migre para outras formas mais seguras de aplicar seus recursos.
A fórmula abaixo diz respeito ao retorno esperado de capital próprio.
Re = Rf + B(Rm - Rf)
Onde:
Re é o Retorno Esperado
Rf é a taxa livre de risco
Β é o risco sistemático do ativo, em relação à média
(Rm – Rf) é o prêmio por risco da carteira de mercado
o Rf é taxa selic descontada a inflação. O B é o beta, que é o índice que cada setor do mercado brasileiro possui na bolsa de valores, geralmente toma-se por base o B utilizado na bolsa dos Estados Unidos por possuirem dados mais robustos e mais precisos. E o (Rm - Rf) é prêmio definido no mercado total na bolsa de valores.
Colocando números para demonstrar qual o retorno esperado, ou seja, o mínimo que se quer obter de retorno para fazer certo investimento.
Logo teremos:
Re = 8,55 + ,5(8,2)
Re = 12,65%
O mínimo que o investidor quer de remuneração de seu capital é 12,65%.
Agora façamos este mesmo cálculo para os EUA por exemplo:
Logo:
Re = 3,15 + 0,5(8,2)
Re = 7,25%
Nos EUA o mínimo exigido de retorno é 7,25%.
Com estes dados podemos perceber que o investimento no Brasil precisa ser muito mais rentável para que ocorra o investimento. O artigo publicado pela revista "The Economist" não menciona estes cálculos. Mas a forma como foi noticiado no Brasil fica parecendo que o empresariado brasileiro é pouco ambicioso. Fica claro que não é falta de ambição.
A fórmula abaixo diz respeito ao retorno esperado de capital próprio.
Re = Rf + B(Rm - Rf)
Onde:
Re é o Retorno Esperado
Rf é a taxa livre de risco
Β é o risco sistemático do ativo, em relação à média
(Rm – Rf) é o prêmio por risco da carteira de mercado
o Rf é taxa selic descontada a inflação. O B é o beta, que é o índice que cada setor do mercado brasileiro possui na bolsa de valores, geralmente toma-se por base o B utilizado na bolsa dos Estados Unidos por possuirem dados mais robustos e mais precisos. E o (Rm - Rf) é prêmio definido no mercado total na bolsa de valores.
Colocando números para demonstrar qual o retorno esperado, ou seja, o mínimo que se quer obter de retorno para fazer certo investimento.
- Rf = 12,75% (selic) - 4,2% (inflação do período) = 8,55%;
- B = depende de cada setor, utilizarei o do setor tabaco por estar morando nesta região = 0,5 (é um beta bastante baixoe conforme este beta aumenta, aumenta a exigência de remuneração);
- (Rm - Rf) = Em geral utiliza-se no Brasil 8,2%.
Logo teremos:
Re = 8,55 + ,5(8,2)
Re = 12,65%
O mínimo que o investidor quer de remuneração de seu capital é 12,65%.
Agora façamos este mesmo cálculo para os EUA por exemplo:
- Rf = 5,25% (Taxa de Juros americana) - 2,1% (inflação);
- B = 0,5 (é a mesma pois no Brasil utiliza-se a americana);
- (Rm - Rf) = utilizarei a mesma por não ter encontrado o valor americano 8,2%.
Logo:
Re = 3,15 + 0,5(8,2)
Re = 7,25%
Nos EUA o mínimo exigido de retorno é 7,25%.
Com estes dados podemos perceber que o investimento no Brasil precisa ser muito mais rentável para que ocorra o investimento. O artigo publicado pela revista "The Economist" não menciona estes cálculos. Mas a forma como foi noticiado no Brasil fica parecendo que o empresariado brasileiro é pouco ambicioso. Fica claro que não é falta de ambição.
quinta-feira, abril 12, 2007
Impostos sobre Cigarros
A partir de Julho fumar se torna mais caro no Brasil. Isto porque o governo federal resolveu aumentar 28 a 32% o valor do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), dependendo do tipo de cigarro.
A justificativa dado pelo governo é de que com o aumento no preço do cigarro, causado pelo aumento da carga tributária, haja desestimulação ao consumo do cigarro. Justificativas para aumento de impostos sempre existem e certamente sempre serão repassadas à mídia por uma visão positiva.
No entanto, podemos analisar outros dois pontos deste aumento de carga tributária. (1) A demanda por cigarro, um produto que todos sabem que causa dependência, provavelmente permaneça inalterada. Isto provocaria um aumento de arrecadação consideravel oriunda deste aumento de imposto e da manutenção da demanda. (2) O demandante de cigarro poderá procurar bens substitutos no próprio cigarro, cigarros estes oriundos do Paraguai, que entram clandestinamente no país e não pagam impostos. Além de não pagar impostos, o que torna a concorrência desleal com o mercado brasileiro de cigarros, estes produtos não estão acompanhados de pesquisa e de controle de qualidade que ocorrem exaustivamente nos produtos fabricados pelas empresas alocadas no país.
O governo pode, ao mesmo tempo, forçar a redução do consumo de cigarros (justificativa dada por ele), como aumentar a arrecadação, ou ainda, estar incentivando o consumo de produtos ilegais e nocivos à saúde dos consumidores.
Espera-se que tenha ocorrido um estudo do impacto desta tomada de decisão.
A justificativa dado pelo governo é de que com o aumento no preço do cigarro, causado pelo aumento da carga tributária, haja desestimulação ao consumo do cigarro. Justificativas para aumento de impostos sempre existem e certamente sempre serão repassadas à mídia por uma visão positiva.
No entanto, podemos analisar outros dois pontos deste aumento de carga tributária. (1) A demanda por cigarro, um produto que todos sabem que causa dependência, provavelmente permaneça inalterada. Isto provocaria um aumento de arrecadação consideravel oriunda deste aumento de imposto e da manutenção da demanda. (2) O demandante de cigarro poderá procurar bens substitutos no próprio cigarro, cigarros estes oriundos do Paraguai, que entram clandestinamente no país e não pagam impostos. Além de não pagar impostos, o que torna a concorrência desleal com o mercado brasileiro de cigarros, estes produtos não estão acompanhados de pesquisa e de controle de qualidade que ocorrem exaustivamente nos produtos fabricados pelas empresas alocadas no país.
O governo pode, ao mesmo tempo, forçar a redução do consumo de cigarros (justificativa dada por ele), como aumentar a arrecadação, ou ainda, estar incentivando o consumo de produtos ilegais e nocivos à saúde dos consumidores.
Espera-se que tenha ocorrido um estudo do impacto desta tomada de decisão.
Inveja Política
O Estado do Rio Grande do Sul está em uma crise financeira grave. Sem recursos para manter os serviços e muito menos para fazer novos investimentos, a governadora tem aparecido muito mais para dar explicações negativas do que positivas.
Ontem a noite, no seu 101º dia de governo, teve a proeza de mexer no único ponto positivo de seu governo. Trata-se da Secretaria de Segurança, que vinha desempenhando um papel muito positivo, diria que há muito não se via no Rio Grande do Sul. Exonerou o ex-secretário Ênio Bacci.
Ao que tudo indica, a governadora estava com inveja e/ou ciúme do então secretário. Que aos olhos da governadora estava aparecendo em demasia. Penso que a própria governadora não soube tirar proveito do grande trabalho que vinha sendo executado, afinal, a secretaria pertence ao Estado.
Em sua entrevista de despedida, o ex-secretário, mencionou algo que afirmo por experiência própria. "Haviam funcionários que disseram para não se meter com eles, pois eles fariam o secretário cair".
Outro ponto levantado foi o fato de delegados estarem envolvidos com o lado "obscuro da força".
Parece que não pode haver pavão maior do que a governadora. Já dizia um professor do MBA: "o ser humano é um mamífero".
Ontem a noite, no seu 101º dia de governo, teve a proeza de mexer no único ponto positivo de seu governo. Trata-se da Secretaria de Segurança, que vinha desempenhando um papel muito positivo, diria que há muito não se via no Rio Grande do Sul. Exonerou o ex-secretário Ênio Bacci.
Ao que tudo indica, a governadora estava com inveja e/ou ciúme do então secretário. Que aos olhos da governadora estava aparecendo em demasia. Penso que a própria governadora não soube tirar proveito do grande trabalho que vinha sendo executado, afinal, a secretaria pertence ao Estado.
Em sua entrevista de despedida, o ex-secretário, mencionou algo que afirmo por experiência própria. "Haviam funcionários que disseram para não se meter com eles, pois eles fariam o secretário cair".
Outro ponto levantado foi o fato de delegados estarem envolvidos com o lado "obscuro da força".
Parece que não pode haver pavão maior do que a governadora. Já dizia um professor do MBA: "o ser humano é um mamífero".
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