Entrevista concedida ao Jornal do Comércio por Sabino Porto dentre outros economistas.
Não poderia começar de outra forma, a entrevista está em sintonia direta com a idéia deste blog. Vale a leitura, segue abaixo um pedaço da entrevista.
Eu quero retomar alguns pontos. O que tenho a dizer é um pouco diferente do Fraquelli. Os países que deram certo e estão crescendo a passos sustentáveis têm suas economias abertas, marketing institucional bem definido e fizeram a reforma trabalhista. Estamos perdendo oportunidades por conta da formação deste governo, da formação teórica, da concepção de mundo deste governo. É um governo que trabalha ainda com os marcos da década de 70, que não funcionam mais. Quais são os marcos da década de 70? Economia fechada, Estado demais na economia. Existem 34 ministérios no governo Lula. Quando eles (os governantes) falam em pacote de crescimento é como se o crescimento fosse espontaneísta, quer dizer, alguém vai fazer as pessoas e o País crescer por decreto. Crescimento tem a ver com incentivos, e incentivos têm a ver com marcos regulatórios, com definição de regras claras, com instituições bem estabelecidas e bem aceitas. A gente falava muito na década de 70 do tal de bigpush, em que o Estado iria atuar ao mesmo tempo em várias frentes e iria alavancar as economias. Isto está superado, não existe nenhuma experiência exitosa deste tipo. E eu não estou falando do Estado mínimo e muito menos me encaixo no campo daqueles que acham que o Estado não deve existir. Eu acho é que o Estado deve ter um papel regulador. Se nós queremos voltar a crescer, o Estado tem que abrir mão de alguns setores. Nós não precisamos do Estado no sistema financeiro. Para que um banco comercial estatal?
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